DESAFIOS ENFRENTADOS POR MULHERES GESTORAS NA ÁREA DA SAÚDE E IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL: ESTUDO TEÓRICO-REFLEXIVO

Este estudo teve como objetivo refletir sobre os desafios enfrentados por mulheres gestoras na área da saúde e seus impactos para a saúde mental. A partir de uma revisão crítica da literatura dos últimos dez anos, buscou-se compreender como a sobrecarga de funções, as desigualdades de gênero, o trabalho doméstico não remunerado e os estigmas culturais impactam o bem-estar psíquico dessas profissionais. Os resultados revelam que a acumulação de responsabilidades profissionais, familiares e sociais contribui significativamente para o adoecimento mental de gestoras, manifestado em sintomas como estresse, ansiedade, depressão e burnout. A invisibilidade institucional do sofrimento psíquico, a pressão por desempenho e a ausência de redes de apoio agravam esse cenário. Além disso, a escassez de estudos focados diretamente nas consequências emocionais da liderança feminina na saúde evidencia a necessidade de maior atenção ao tema. Conclui-se que a construção de ambientes institucionais mais equitativos, com políticas públicas sensíveis às questões de gênero, é essencial para garantir o cuidado integral da saúde mental das mulheres gestoras. O estudo também aponta para a superação do modelo biomédico tradicional e a valorização de práticas intersetoriais e participativas que reconheçam as especificidades das trajetórias femininas. Embora apresente limitações por seu caráter teórico, a pesquisa oferece subsídios relevantes para reflexões e intervenções futuras na promoção da equidade de gênero na gestão em saúde.