POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E O EPITÉLIO RESPIRATÓRIO: FUNDAMENTOS E RELAÇÃO

A poluição atmosférica é um dos maiores problemas ambientais enfrentados pela população mundial, que tem a saúde comprometida a cada dia que passa, além de já ser associada a milhões de mortes prematuras anuais conforme os dados do “Estudo Global de Carga de Doenças” (GBD). O aumento da poluição se deve principalmente às atividades antrópicas (resultantes das ações humanas) nas megacidades, visto que os veículos motorizados e os processos industriais são os principais agentes contaminantes. Dentre os compostos poluentes mais significativos estão: os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs), e os compostos orgânicos voláteis (COVs), que contribuem de maneira ativa para a formação de aerossóis atmosféricos. O material particulado (MP) é uma parte que compreende os aerossóis, o qual é representado por uma grande diversidade tanto em sua composição química quanto em seu tamanho, com classificações distintas de partículas. A dispersão atmosférica desses aerossóis está diretamente conectada com as variáveis meteorológicas, como vento, umidade e temperatura. Sendo o sistema respiratório a principal via de entrada dessas partículas, cuja penetração e deposição alveolar aumentam inversamente ao diâmetro aerodinâmico (onde partículas menores tendem a ser mais numerosas do que as maiores). Logo, o objetivo deste capítulo é realizar uma revisão de literatura sobre o efeito da poluição do ar no sistema respiratório.